Entre bombas, mensaleiros e estranhos silêncios
04/12/2013 08:25Kaue Catalfamo
Buenos dias, meus leitores!
Colegas de “O Fato e a História”,
Já me falha na memória
Minha última contribuição.
É que houve dissabores.
Coisas da vida, eu diria,
Estive numa fria
Em brasina situação.
Só se fala em mensalão:
Nada contra prender políticos.
É que começa a ficar crítico
Quando um vai e outro não.
Ficando a falsa impressão,
Que com esses na prisão
Tudo fica resolvido,
E o resto é esquecido
Numa inocente ilusão.
E muda o músico da opereta,
Como esse da capa preta,
Que anda sendo bem querido
Por sujeitos induzidos
Pela mídia picareta.
Mas Zumbi não é Joaquim,
Como Malcom não é Idi Amin
Os Capitães do Mato atuais
E Obamas tupiniquins
Marcham em nossos confins
Poderosos e triunfais.
Como os santos dos vitrais
Fascinam os olhos incautos
Que sedentos de calmaria
Nadam rumo ao mar alto,
Pavimentando o asfalto
Pros donos da sesmaria.
Em Zumbi falei agora,
Em novembro homenageado.
Ainda não tem feriado
Mas acho que não demora,
Digo isso muito embora
Façam mais de trezentos anos
Que uma tropa de tiranos
Acabou com sua vida.
A guria russa, àquela:
Uma bela musicista.
Continua numa cela
Sem direito a visita.
E a coisa ficou mais séria,
É o que dizem os cronistas:
Foi mandada pra Sibéria,
Num delírio Czarista.
Eu temo um desfecho sinistro
Desastroso como um Drone.
Já que nem greve de fome
Sensibilizou o ministro.
Que deve achar que é fiasco
E anda mais preocupado
Em deixar bem armado
Seu amigo de Damasco.
Na cidade dos idosos
Uma jovem se matou.
Pois alguém a divulgou
Em gestos libidinosos.
Vi seus pais chorando, nervosos.
Como que não entendendo
Esse mundo que vamos vivendo
Que pra muitos é o inferno.
São os tempos pós-modernos
não compreendo, mas estou vendo.
E pra que tu não me digas
“não falou do trivial”.
O meu Internacional
Já tá fora das brigas.
Não sobe nem desce, sem intrigas.
Já o Grêmio tá atrás da vaga
Quer jogar libertadores
E trazer pros torcedores
Essa taça tão sofrida,
Pois a última que veio nem me lembro da partida
A TV mal era em cores
E era uma criança o Dida.
Outros versos tão pra vir,
É que eu estava no degredo
E até com certo medo
De cruzar com o Davenir.
Comecei a pressentir:
Vão escrever uma ata
Declarando-me persona non grata
E hão de me despedir.
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