Uma miscelânea de histórias
28/06/2012 12:56por Daniel Baptista
Depois de muitos dias sem escrever para esta coluna, para atender as demandas pessoais referentes a trabalho e estudo, venho finalmente a publicar mais um texto, bem, como se isso influenciasse na sua vida, não acham? Mas como faço parte de um dos colaboradores, vamos abraçar a causa.
Há pouco tempo atrás lia uma história fascinante da mitologia grega chamada “Deucalião e Pirra” e não pude deixar de reproduzi-la parcialmente aqui nesta coluna, vamos a ela então...
Na idade do ouro, a humanidade não pensava em ouro, a inocência e os alimentos brotavam do chão ninguém ficava velho ou doente. Na idade de prata a primavera deu lugar para as quatro estações e os alimentos passaram a ser cultivados para brotarem do solo, essa decadência chegou até a idade do cobre, quando os homens passaram a disputar tudo entre si até a chegar a idade do ferro marcada pelo crime. A cobiça estava instaurada e os homens transformaram o antigo paraíso terrestre em um lugar de dor e traição.
Zeus - ou Júpiter se preferirem – resolveu acabar com aquilo tudo, chamou seu irmão Poseidon – ou Netuno se preferirem – e lhe sugeriu o seguinte: que com o seu imenso tridente ele golpearia a Terra a um ponto que abrisse uma imensa fenda de onde brotaria as águas do mar que inundaria todo o Planeta. Imediatamente Poseidon o fez em uma vale pedregoso e assim o fez em diferentes pontos. Em menos de um dia toda a terra estava coberta de água. Zeus se deliciava com toda aquela vida se extinguindo gradativamente de todos os cantos: zebras, leões, aranhas, palácios, tudo era engolido pelo mar revoltoso, as aves se deixavam cair nas águas cansadas de procurar lugares secos, abdicando assim de suas vidas. Mas, no entanto Zeus poupou um homem e sua esposa, deucalião e Pirra que abraçados em um bote, viram tudo sendo engolido pelo oceano até chegarem ao monte Parnaso, o único lugar seco da Terra.
Após a tarefa Poseidon ordenou aos tritões (seres metade homem e metade peixe) que eles recuperassem tudo, eles brotaram do mar soando conchas que fizeram com que as águas recuassem, deixando à mostra toda a destruição. O casal sobrevivente vagou por pontos onde existia multidões e agora somente o silencio e a morte habitavam, e foram até o templo de Têmis clamar por justiça e que não queriam habitar um mundo sem vida. Após clamarem uma poderosa voz ecoou da estátua da deusa que lhe disse o seguinte enigma: “Meus amados, se quiserem ver a Terra de novo povoada, façam exatamente o eu vou lhes dizer, após cumprir os meus ritos saim do meu templo, cubram os seus rostos alarguem os seus cintos e atirem para trás os ossos de sua avó!”
Deucalião e Pirra de Giovani Maria Bottalla
Sem entender nada, Pirra perguntava, como iriam realizar tamanha blasfêmia e aonde iriam encontrar os ossos de suas avós? Deucalião, no entanto acalentou Pirra e disse que a deusa se referia a avó deles em comum, a Terra – ou Gaia, se preferirem – e os ossos da terra são as pedras. Eufóricos, saíram do templo juntaram o máximo de pedras que puderam cobriram seus rostos e lançaram as pedras para trás. As pedras de Deucalião assim que se esfarelavam no chão surgia um homem, as de Pirra surgiam mulheres. Assim eles começaram a povoar toda a Terra .
Lindo não acharam? O que quer dizer tudo isso? Bem, acredito que para bom entendedor meia palavra basta – ou se preferirem – acreditem em livros que dizem com autoridade absoluta de como o mundo e as pessoas foram criados... detalhe: essas histórias são no mínimo, 2000 anos mais velhas que o tal livro...
—————